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Maísa Champalimaud

Maísa Champalimaud (1987) nasce, vive e trabalha em Lisboa. Procura através das potencialidades da pintura trilhar um caminho de autoconhecimento. 

 

Nas suas linhas, afirma não existir qualquer tipo de corrente ou ideologia, mas inúmeras influencias que a marcaram decisivamente na forma, força, vibrações, cores e temáticas. Das suas exposições mais recentes, destaca-se Between Phases (2016) ou Em Lusofonia (2014).

As minhas pinturas são o reflexo de tudo o que vejo, sinto, viajo, penso… De todas as experiências que fazem de mim quem sou, experiências que traço a traço, pincelada a pincelada, desenham e compõem a minha vida. Sou e sempre fui uma contadora de histórias e descobri com o meu trabalho uma outra forma de me contar, só minha. 

 

As minhas colecções não seguem um tema ou visão crítica sobre questões político-sócio-culturais particulares em particular — cada série é inspirada num dado momento, memória ou vivência e, acompanhada por um texto de minha autoria. Tento resolver o desafio a que me coloco, a colecção, de novas e diferentes formas, contudo creio que exista um fio que liga todos os meus trabalhos: o forte e solto traço, as vivas cores, o figurativo misturado com o abstracto… 

 

Nunca pensei muito no assunto, mas talvez a minha livre forma de pintar, as fortes e vivas cores e a fácil aceitação do erro devam provir das minhas raízes brasileiras. Não gosto de explicar uma determinada peça. Gosto que a obra fale por ela própria, que seja exactamente o que é. A cada observador cabe senti-la e pela sua própria experiência interpretá-la. Da mesma forma que para mim cada obra representa um dia específico, também cada obra representa um dia específico, também cada colecção é uma dada fase da minha vida, que contemplada me permite reviver todos os sentimentos, pensamentos: tempestades, tormentas e murmúrios da alma cuja memória acarreta. 

 

A arte tem o poder de transpor a dor, e dela, verdadeira, gerar vida. O meu trabalho traz consigo muita angustia, dor e ansiedade. Com as minhas obras pretendo precisamente transformar tudo isso: ao dar pano à sua voz, encontro nela vida e alegria.

 

Maísa Champalimaud

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