top of page
Paulo Arraiano

Paulo Arraiano nasceu em 1977. Licenciado em Comunicação pelo ISCEM – Instituto Superior de Comunicação Empresarial, estudou também no Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual.

 

Conta com inúmeras exposições, individuais e colectivas, nacionais e internacionais, das quais se destacam: Periplos, Museu CAC Málaga, Málaga, Espanha; DownToEarth, TheDotProject Gallery, Londres; Fold/Fault, Forty/Forty Gallery, Varsovia; Artemar 2015, Curadoria Fundação Dom Luís I, Cascais, Portugal; 1/81, Museu do Côa, Vila nova de Foz Côa, Portugal; Atemporal, Curadoria de Antonio Bokel, Rio de Janeiro, Brasil; G40, ArtWhino Gallery, Washington DC, USA; Stars, Palácio do Egipto, Oeiras, Portugal.

A nossa sociedade contemporânea é vítima do ritmo freneticamente apressado em que vivemos; onde os pensamentos e impulsos são potencializados por satélites artificiais e expressam a necessidade primordial de percorrer toda a informação que dá corpo às últimas tendências. A geração pós-digital dos novos media depara-se com a mudança sem precedentes das experiências da vida real para uma forma artificial de se conectar/desconectar com o mundo natural/analógico. 

 

Esta perda de referências sensoriais e de contemplação contribui cada vez mais para o distanciamento do ser humano em relação aos elementos do mundo natural. Nesta fantástica nova realidade, a tradição pictural da pintura de paisagem já não parece apta a capturar a intrincada rede de novos significados que emergem das paisagens urbanas na era das cidades globais. 

 

Imerso nas contradições e perdas potencializadas por este novo paradigma social e tecnológico, Paulo Arraiano cria still frames semelhantes a imagens satélite e vistas aéreas através do movimento físico e da action painting, ligando o corpo humano, tanto físico como emocional, à paisagem. 

 

A série Fold/Fault explora a criação de imagens percepcionadas com a ajuda da tecnologia contemporânea que, ao mesmo tempo que nos liga, desliga das realções físicas e emocionais entre o corpo e a paisagem. Através da captura de algumas das forças dramáticas e primitivas que fazem com que a paisagem terrestre o seja, esta série acentua a ligação íntima que é base entre as emoções humanas e a gama de energias que emanam do ambiente envolvente. 

 

Impulsionado pela inquietude de viver num lugar que parece impossível de compreender no seu todo, dando voz à condição que nos impulsiona a reinventarmos a forma como lemos e interpretamos, as paisagens abstractas de Paulo Arraiano procuram expressar a condição, antes do elemento humano aparecer. A sua reflexão visual poética transporta-nos para um estado que nos precede, seres humanos, enquanto referência. E ainda assim, é através da sua humanidade e para nós, seres humanos, que estas paisagens primitivas são forjadas e consagradas nas suas telas. 

Contradizendo o deslumbramento da alta velocidade do artificial com a lentidão — embora verdadeiramente poderosa — do natural.

 

 

Paulo Arraiano

bottom of page