Mariana Duarte Santos
Mariana Duarte Santos nasceu em 1995 em Lisboa.
Fez o secundário na Escola Secundária Artística António Arroio com especialização em produção artística cerâmica. Mais tarde completou o Curso de Desenho, Curso Avançado em Artes Plásticas e Projecto Individual em Gravura no Ar.Co. A Mariana tem participado em várias exposições em Portugal entre as quais constam várias exposições no Ar.Co e na António Arroio, o XV Prémio de Pintura e Escultura de Sintra – D. Fernando II”, a XX edição da Bienal Internacional de Cerveira, a V edição da Bienal Internacional de Arte de Espinho, uma exposição individual na Casa da Cultura dos Olivais, entre outras. Tem também participado em exposições no estrangeiro, nomeadamente em Espanha, Inglaterra, Irlanda e E.U.A. entre as quais se destacam uma exposição a solo intitulada “Up Close and Far Away” na Custom House Gallery em Westpost, Mayo, Irlanda e várias exposições colectivas como “Chronicles of a Future Foretold” na galeria 33 Contemporary em Chicago, “Plastika 19”, no Museo do Mar de Galicia, “Bienal Internacional de Cerâmica da Cidade de Talavera”, “Cromática V” Bienal de Pintura Joven no Museo Municipal de Ourense, “Destination C. Q. Window” em Belfast e “Galway 1916 Exhibition” na Connacht Tribune Print Works em Galway, Irlanda. Em 2019, realizou o seu primeiro mural integrado no programa Arte Pública da Fundação EDP na aldeia da Capinha perto do Fundão.
As obras nesta série de linogravuras “Up Close and Far Away” são baseadas em still frames de séries de televisão americanas dos anos 50 e 60 como “The Twilight Zone”, “Hitchcock Presents”, “The Hitchcock Hour”, “Tales of Tomorrow” e “The Outer Limits”. Nelas procuro reanimar e renovar estas imagens intensas que considero merecedoras de vida, isolando-as e apresentando-as sob um novo olhar. Escolhi representar imagens de séries de televisão em vez de filmes pois não queria que os actores fossem imediatamente identificáveis, procurei a beleza das imagens por si só em vez de um simples retrato de uma “celebridade”.
A gravura, especialmente a de maior formato é uma técnica de pede bastante a atenção dos observadores devido a todos os detalhes que são aparentes principalmente nesta escala, enquanto que o cinema é um conjunto de imagens fugazes que são consistentemente criadas e descartadas a cada milésimo de segundo. Achei bastante interessante justapor estes dois tipos aparentemente opostos de imagens, recriando a imagem fugaz através da técnica precisa e sólida da gravura, nesse aspecto a antíteses do vídeo mas tal como o vídeo um tipo de trabalho que pode ser multiplicado (cada gravura faz parte de uma edição de 3 a 10 impressões). Em termos técnicos, as gravuras foram crescendo em tamanho à medida que a série avançou (aproximando-se assim cada vez mais ao grande ecrã), a última gravura até à data mede 140x170cm e foi impressa com o recurso a um rolo compressor!
Mariana Santos