Maria Luísa Ramires
Zizi Ramires nasceu em Coimbra em 1994.
Artista residente nos Anjos70, vive e trabalha em Lisboa.
Concluiu o curso de Pintura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa em 2016 e o Mestrado de Mercados da Arte no ISCTE em 2018.
Conta com exposições individuais em Coimbra, na Galeria Pinho Dinis e no Museu Machado de Castro, Viseu, e Estarreja.
Expõe regularmente desde 2016 e conta com exposições coletivas em países como Portugal, Espanha, França, Israel, Nova Zelândia, Grécia.
A artista explora os efeitos dos meios digitais (em particular da internet) na sociedade, cultura, e estética, desconstruindo e reconstruindo através da sobreposição de práticas plásticas tradicionais com o intangível que habita o virtual. O sensível (ou material), preso numa imagem-objeto (tela), entre o objeto-imagem (virtual digitalizado sobre a tela), liberta-se quando o observador constrói para lá dele, no horizonte em que os dois meios se encontram para o entendimento do todo.
Esta imagens provêm de um estudo de paisagens criadas a partir da conjunção de um elemento único a cada peça mas diferente entre elas - a rocha -, de modo a criar várias formas de encriptação da imagem e de transposição para o observador. Todas as obras encaminham para uma ilusão absurda que é, simultaneamente, semelhante às impressões humanamente sensíveis.
Dallol é o local habitado mais quente do mundo, localizado na Etiópia. Este lugar, que já foi considerado o "mais perigoso da terra", mostra os limites que o ser humano consegue suportar. Ao retratarem estas salinas, onde não existe vida microbiana, as obras falam sobre o presente, a efemeridade e a sua "eternalização" através da sua representação e presença virtual. Ao ir buscar várias visões online do lugar - que para a artista é desconhecido - procura-se a idealização e caracterização virtual que este demonstra.