Daniela Pinheiro
Nasceu a 1994 na Batalha, Leiria.
Concluiu a licenciatura em Artes Plásticas, Ramo de Pintura, em 2016, e o Mestrado em Pintura, em 2018, pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. Frequentou um workshop de Ilustração Científica com a orientação de Pedro Salgado.
Foi distinguida com o Prémio Alexandre Viana de Lima e recebeu cinco Menções Honrosas em Concursos Nacionais, nomeadamente em 2016, foi lhe atribuída a menção honrosa do “Prémio Carmen Miranda 2016” (Porto) e do “XXIX Salão da Primavera — Prémio Rainha Isabel de Bragança” (Lisboa).
Participa, desde 2015, em múltiplas exposições coletivas de carácter nacional e internacional.
Exposições individuais seleccionadas:
2014
Do Apoio à Descoberta, Galeria Mouzinho de Albuquerque, Batalha, Portugal
Exposições colectivas seleccionadas:
2016
Prémio Carmen Miranda 2016, Porto; ProsAesthésis, Hospital da Prelada (Santa Casa da Misericórdia), Porto; XXIX Salão da Primavera — Prémio Rainha Isabel de Bragança, Galeria de Arte do Casino Estoril, Lisboa, Portugal
2015
303 Ímpar, Galeria Geraldes da Silva, Porto; APII 4.1 – 4.2 MAIOR ESCALA, Galeria da Cozinha, Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Portugal
2014
O Desenho no Museu Anatómico, Partilhas e Experiências Pedagógicas, ICBAS, Porto, Portugal
2013
Começar..., Sala de Exposições do Museu da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Portugal
2012
Ponto, Linha e IEJ, Banco de Portugal, Leiria, Portugal
O interesse estético por uma linguagem geométrica e abstrata surgiu como principal motor de desenvolvimento dum projeto pictórico que visava a criação de uma linguagem que se inserisse no universo abstrato.
“Planificação Formal do Espaço” surge de uma relação intrínseca entre o tridimensional e o bidimensional. O projeto assenta numa construção axonométrica (uma resolução que estabelece uma relação com a observação empírica de uma estrutura volumétrica) que posteriormente é reduzida à sua essência planar, através de uma sobrevalorização dos vários planos constituintes da forma. O espaço é, assim, desconstruído através de ampliações, rotações e sobreposições. Ao longo da construção e definição do espaço pictórico, os planos são transformados em realidades autónomas e autênticas através da resolução cromática. O desenho linear surge da repetição de módulos (resultado de uma regra que se perpétua no espaço), de modo a criar sistemas visuais.
Após algum desenvolvimento, a distribuição cromática deixa de ter como referente a realidade e a representação axonométrica do objeto tridimensional; a relação entre cor e forma passa a ser realizada segundo ordens compositivas e intuitivas. Os planos distanciam-se do objeto: os espaços criados a partir de cruzamentos lineares passam a ser valorizados.
Os ideais minimalistas do século XX (ex.: Frank Stella) surgem como ponto de referência do projeto “planificação formal do espaço”, que se define ao longo da prática com o objetivo de criar um linguagem autêntica na sua constituição formal.
Tal como Ângelo de Sousa, existe a pretensão que o trabalho se desenvolva segundo uma lógica de mais por menos ou seja, conseguir atingir "um máximo de efeito com um mínimo de recursos” (Nazaré, s/d , 18).
Deste modo, o projeto assenta numa relação intrínseca entre a constante e a diferença, onde a lógica existe tanto como divisão como unidade, uma vez que todas as variações possíveis acontecem dentro de um todo. Pretende-se que haja uma análise quer total quer individual de cada uma das obras apresentadas.
Daniela Pinheiro