Adriana Molder
Adriana Molder nasceu em Lisboa em 1975.
Vive e trabalha em Lisboa.
Em 2003, recebeu o prémio revelação CELPA/Vieira da Silva e em 2007 o Herbert Zapp Preis für Junge Kunst (prémio jovem artista).
Foi artista residente do programa internacional da Künstlerhaus Bethanien, em Berlim, 2006/2007.
Em 2013 o seu trabalho de desenho foi seleccionado para o livro Vitamin D2 New Perspectives on Drawing, Phaidon, 2013
O seu trabalho está representado em várias colecções públicas e privadas, em Portugal e no estrangeiro, tais como: Colecção Berardo, Colecção António Cachola, Fundação EDP, Fundació Sorigue ou Kupferstichkabinett-Staatliche Museen zu Berlin.
A literatura e o cinema têm sido uma constante fonte de inspiração para o trabalho de Adriana Molder. Partindo de contos ou romances e usando como modelos imagens pré-existentes, na sua maioria do cinema, mas também da história da arte ou dos media, Molder tem desenvolvido um corpo de trabalho de desenho e pintura, focado essencialmente no retrato, onde predominam os ambientes sombrios fantasmagóricos e cinematográficos.
The Storyteller
O nome da série Mad About The Boy, invoca a canção de Noël Coward cantada por Dinah Washington que fala da paixão que alguém tem pelo “rapaz do Filme”. Foi exposta na exposição Mad About the Boy , Galeria Esteves de Oliveira, em Janeiro de 2012, em lisboa. Este desenho claramente inspirado no rosto do Alain Delon no filme do Visconti, "O Leopardo", faz parte da duma série mais uma vez inspirada em imagens de filmes.
Die Tontenbraut
A pintura da série Fantasmagoriana faz parte duma série de sete pinturas, inspiradas na compilação de contos fantásticos alemães do final do séc. XVIII, contos estes que por sua sua vez inspiraram Mary Shelley a escrever “Frankenstein”.
Noir IV
Em Noir IV, Adriana Molder continua a sua pesquisa e o seu fascínio pelas fotografias de filmes, neste caso, mais particularmente, imagens de rostos todos pertencentes a personagens do Film Noir. Estes retratos a preto e branco, evocam naturalmente o cinema de uma certa época, com o seu ambiente sombrio e dramático, e jogam com a impossibilidade de fixar rostos - que temos na nossa memória colectiva e que vimos em movimento, projectados num ecrã de cinema - num trabalho de desenho feito com água e tinta preta, que por si só parece nunca conseguir fixar nada. Como se estes rostos pudessem aparentemente desaparecer ou mover-se dentro da escuridão que os rodeia.
Adriana Molder
Expõe regularmente desde 2002, entre as exposições individuais destacam-se:
Todas as Fotografias do Ford, Projecto Travessa da Ermida, Lisbon (2018)
Jardimdossos, Carpe Diem, Lisboa (2016)
Old Red Tin Box, Donopoulos IFA, Thessaloniki (2015)
The Light in the Heart, Art Plural Gallery, Singapura (2014)
Banho de Sangue, MACE, Elvas (2013)
A Dama Pé-de-Cabra- Paula Rego e Adriana Molder, Casa da Histórias, Cascais (2012)
En la Casa del León, Galería Oliva Arauna, Madrid (2011)
Winter Was Hard, Beck & Eggeling new quarters, Düsseldorf
Bones in a Box, Bartha & Senarclens, Singapura (2010)
V, Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva, Lisboa (2008)
Der Traumdeuter, Künstlerhaus Bethanien, Berlim
A Madrugada de Wilhelm e Leopoldine, Fundação Carmona e Costa, Lisboa (2007)
Hôtel, Frühsorge - Galerie für Zeichnung, Berlim (2006)
Câmara de Gelo, Sintra Museu de Arte Moderna - Colecção Berardo, Sintra (2002).